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Crea-ES debate aperfeiçoamento das novas Diretrizes Curriculares Nacionais da Engenharia com o Conselho Nacional de Educação

Publicado em 21 de novembro de 2018 às 15:14, com última atualização em 15 de março de 2019 às 14:30

O Conselho Nacional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) debate as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da Engenharia em audiência pública do Conselho Nacional de Educação (CNE). O evento reúne entidades representativas da categoria e universidades nesta quarta (21) no Clube de Engenheira, no Rio de Janeiro.

A audiência para aperfeiçoamento da proposta foi reivindicada pelas entidades da área tecnológica, que já se manifestaram preocupação com as novas diretrizes curriculares (DCNs) para as graduações de Engenharia, definidas pelo CNE.

A Comissão de Ensino e Atribuição Profissional (Ceap) do Crea-ES participa do evento por meio de sua coordenadora, engenheira química Iara Pinheiro. “A maioria dos representantes das instituições de ensino e de entidades presentes se posicionaram contrárias à proposta da DCN, enfatizando a importância principalmente da definição dos conteúdos curriculares mínimos e da carga horária mínima de 3.600 horas. Sendo necessária a ampliação do prazo de discussão em todas as instâncias envolvidas na formação do Engenheiro”, disse Iara.

CLIQUE AQUI  e conheça a resolução CNE/CES nº 11 que institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Engenharia.

Carta aberta

A comunidade acadêmica e científica, representada por 18 entidades nacionais, já manifestou preocupação com a proposta de novas diretrizes curriculares (DCNs) para as graduações de Engenharia, definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), no primeiro semestre deste ano.

Uma carta aberta também foi enviada pelas entidades ao CNE. No documento, encaminhado em setembro, ficou nítida a preocupação em relação a aprovação apressada e pouco discutida publicamente das novas DCNs.

Em um parágrafo da carta, foi criticado a possibilidade de se aprovar um curso de Engenharia sem disciplinas de matemática, física, química, economia e ciências do ambiente: “Isso constitui um grande risco para a sociedade, por possibilitar a criação de cursos que não possuam conteúdos fundamentais à formação do engenheiro, apenas utilizando o “label” Engenharia de maneira imprópria para atrair alunos desinformados e imputar danos irreparáveis à sociedade”, alerta a carta.

CLIQUE AQUI e leia integra da carta.

Preocupação

Existe preocupação das entidades de que a proposta do Conselho Nacional de Educação, ao invés de contribuir para a melhoria da formação dos engenheiros, destruirá a capacitação profissional dos mesmos. A redução drástica da carga horária exigida para a formação profissional e a institucionalização do ensino a distância como método aceitável na formação de engenheiros são algumas das propostas do CNE consideradas danosas à Engenharia brasileira.

Leia também: Proposta de novas diretrizes curriculares para as graduações de Engenharia preocupa entidade

Entenda a proposta do CNE

A proposta, que foi elaborada com a ajuda da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abrenge), é a primeira revisão das diretrizes curriculares de Engenharia em 16 anos. A ideia é tornar os cursos mais atrativos e com maior número de atividades práticas, organização mais flexível e focado em inovação.

De acordo com o CNE, com os dois primeiros anos dos cursos focados em disciplinas comuns a todas as engenharias, como cálculo e física, o aluno se sente desmotivado e, com isso, aumenta a evasão. A proposta não estabelece carga horária mínima, apenas orienta que devem ser implementadas “desde o início do curso” atividades que integrem a parte teórica à prática. Se aprovada, ela também abre possibilidade para que os cursos tenham menor duração.

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Fontes: Academia Nacional de Engenharia, Comunicação Confea e www.destakjornal.com.br/carreira


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