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Troca de motores que utilizam combustíveis fósseis por tecnologia verde/eletrificada é tema de debate na Assembleia Legislativa do ES

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 18:38, com última atualização em 14 de dezembro de 2018 às 11:37

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) prevê que a transição do motor de modelos movidos a combustão para carros eletrificados seja feita dentro de 20 a 30 anos. Não por acaso, a frota mundial de veículos eletrificados cresceu 58% em 2018. Nesta terça (11) o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) participou de debate na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) sobre a troca de motores que utilizam combustíveis fósseis por tecnologia verde/eletrificada, bem como por alternativas de mobilidade via energias "limpas". 

O evento foi realizado na Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa de Leis. O assessor de engenharia do Crea-ES, engenheiro eletricista Orlando Zardo Júnior, participou do encontro. “A engenharia é capaz de trazer resposta para os desafios de sustentabilidade dos meios de produção, transporte e hábitos modernos. O carro elétrico é uma dessas soluções”, disse Orlando.

Além do Crea-ES, participaram do encontro o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado do Espirito Santo (Sindipostos), Sindicato da Indústria de Reparação Automotiva do Espírito Santo (Sindirepa-ES), EDP e Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC).

Economia 

A engenheira eletricista capixaba Aline Gonçalves dos Santos, também participou da agenda. A especialista é responsável por adaptar um fusca de 1972 para sistema elétrico."Trabalhamos para que o Espírito Santo se torne referência para o Brasil em politicas públicas de incentivo a mobilidade de energias limpas", disse.

Aline ressaltou ainda que o modal elétrico contribui para a saúde pública já que ele é ultrassilencioso e não emite gases tóxicos como os veículos a combustão. Além disso, a instalação de micromontadoras vai gerar emprego e renda.

“Quando a gente fala em veículo elétrico, não é só carro, é moto, ônibus, caminhão”, explicou. “O veículo elétrico é o único que pode proporcionar independência ao usuário. No lugar do motor a combustão, ele é tracionado por um motor elétrico. O combustível é a energia elétrica. E isso significa 85% de economia em relação aos combustíveis fósseis. Melhor ainda se for alimentado por uma fonte sustentável, como energia eólica ou solar”, destacou.

O motor criado pela engenheira foi uma entre várias iniciativas selecionadas em 2018 para receber apoio da InovAtiva, entidade ligada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Além do Ministério da Indústria, a InovAtiva é parceira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Tendência mundial

Montadoras como a Volvo já estão eletrificando suas linhas e isso vai ocorrer com as demais concorrentes. O Brasil e o Espírito Santo já dão passos nesse mesmo caminho. No shopping Vitória já existe um eletroposto e a prefeitura municipal pretende utilizar frota eletrificada.

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), nos cinco primeiros meses de 2018, foram emplacados 1.562 unidades dos chamados carros "verdes", que produzem menos ou nenhum gás poluente da atmosfera. O volume representa apenas 0,16% do total de veículos comercializados no país. No mesmo período a Noruega - país que lidera a troca da frota a combustão - chegou a 39% no ano passado. Em 2017, foram emplacados 1,1 milhão de carros deste tipo no mundo inteiro, sendo mais da metade na China (580 mil), que representaram 2,2% do mercado. CLIQUE AQUI e saiba mais.

Flávio Borgneth - Comunicação Crea-ES
Com informações de Titina Cardoso (Web Ales) e Jornal O Globo



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