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Feira do Conhecimento: fruticultura e controle de pragas em debate

Publicado em 31 de agosto de 2018 �s 17:43, com �ltima atualiza��o em 04 de setembro de 2018 �s 15:19

O controle de pragas e o potencial da fruticultura foram parte da temática da II Feira do Conhecimento de Venda Nova do Imigrante nesta sexta (31/8). O evento é uma parceira do Crea-ES com a Prefeitura local e segue até 1º de setembro com exposições de engenharia, agricultura, cultura e inovações tecnológicas. CLIQUE AQUI e confira programação.

O engenheiro agrônomo e professor da Ufes, Willian Bucker, é especialista na proteção de plantas e explicou que cerca de 40% da produção agrícola é perdida pela falta de monitoramento, causado um prejuízo milionário. “No Mundo inteiro são perdidos uma média de um trilhão de dólares anuais com prejuízos causados por pragas, doenças e plantas daninhas. Isso representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial”, contabiliza. “Com o manejo correto a produção aumentaria de 20% até 50%”, afirma.

O engenheiro agrônomo destacou a importância de mesclar os manejos fitossanitários com controle genético, biológico e químico das culturas. “O pilar do manejo é o monitoramento. Nessa realidade, a figura do agrônomo é cada vez mais necessária nas propriedades”, aponta.

Fruticultura em debate

A produção de frutas é a terceira principal atividade do agronegócio do Espírito Santo. O tema foi abordado na programação do Crea-ES na Feira de Conhecimento der Venda Nova. No Estado, as lavouras espalhadas em mais de 85 mil hectares geram renda para mais de 250 mil pessoas.

O engenheiro agrônomo e diretor do Centro de Ciências Agrárias e Engenharia da Ufes (Campus Alegre), Dirceu Pratissolli, abordou o tema “Pólo de Fruticultura” e falou sobre o potencial do Estado na área. O especialista explicou que existe espaço para aumentar a produção e intensificar o consumo interno e as exportações das frutas do Espírito Santo.

Dirceu destaca que o investimento na fruticultura apresenta uma alternativa para diversificar a atividade de produtores rurais. Aplicada com manejo correto, os índices de rentabilidade e lucratividade, em alguns casos, superam as expectativas dos agricultores.

“O aumento de renda das propriedades pode aumentar até 300%. Um produtor leva um ano inteiro para ganhar R$ 100 mil com a lavoura de café. Ele pode mesclar isso com a produção de frutas e ganhar mais R$ 6 mil mensais”, contabiliza. “Estamos intensificando novos pólos no Estado. Em três anos de cultivo o produtor já consegue resultados sólidos”, complementa.

A fruticultura contribui para o crescimento da economia brasileira. É fonte de alimentação importante na segurança alimentar. Se considerarmos que cada hectare plantado com fruticultura gera em média dois empregos diretos e que o Brasil tem uma área plantada com fruticultura em torno de 2,5 milhões de hectares, chega-se facilmente em estimativa de 5 milhões de empregos diretos gerados dentro da fazenda. CLIQUE AQUI para saber mais.

Somente com as exportações de suco de laranja o país consegue divisas da ordem de 2 bilhões de dólares e outros 900 milhões com as exportações de frutas frescas e secas. O valor da produção da fruticultura é superior a 10 bilhões de reais anuais. Porém, esses números poderiam ser ainda mais robustos se algumas das pragas das culturas fossem controladas. Países como China, e Índia, por exemplo, deixaram de importar frutas brasileiras por incidência de moscas nos produtos. O prejuízo estimado com esse bloqueio é de 240 mil empregos diretos.

Flávio Borgneth
Comunicação Crea-ES

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