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Feira do Conhecimento: estudantes de engenharia conhecem oportunidades do setor de cervejas artesanais

Publicado em 31 de agosto de 2018 �s 16:22, com �ltima atualiza��o em 03 de setembro de 2018 �s 11:52

A produção e o mercado das cervejas artesanais foi tema da visita técnica que fez parte da programação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) durante a II Feira do Conhecimento de Venda Nova do Imigrante. A feira envolve nove municípios da região e apresenta diversos nichos do conhecimento, como a robótica, engenharia, agronomia, física, química, matemática, entre outros.O evento segue até sábado (1/9), CLIQUE AQUI e participe da programação.

Nesta quinta (30), os estudantes conheceram a fábrica da cervejaria Altezza (foto), que produz quatro mil garrafas por mês. As cervejas são feitas na região das montanhas do Espírito Santo, entre Pedra Azul e Venda Nova do Imigrante, localizada 1.100 metros acima do nível do mar. De origem italiana, a palavra Altezza, significa altitude.

“O setor cresce acima da média. É um negocio relativamente novo e muitas pessoas têm curiosidade de conhecer o que é uma cerveja artesanal. Esse é um mercado que tem muito a ser explorado ainda”, disse o mestre cervejeiro Gino Rigo, que recebeu os estudantes e apresentou os diferentes ingredientes e o processo de produção dos mais de dez rótulos fabricados no local.

Atualmente no Espírito Santo existem cerca de dez cervejarias artesanais devidamente registradas no Ministério da Agricultura. O número de 'hobbistas', que são aqueles que produzem a cerveja como hobbie, são mais de 600 no Estado.

Conhecimento na prática

A Coordenadora da Comissão de Ensino e Atribuição Profissional (Ceap) do Crea-ES, engenheira química Iara Pinheiro, participou da visita. “Essa é uma grande oportunidade de aprimorar o conhecimento e de ver os processos na prática. Um momento de visualizar oportunidades de mercado de trabalho e refletir sobre os focos profissionais”, explicou ela que tem pesquisas sobre reaproveitamento do resíduos das cervejarias para produção de enzima que são aplicadas em outros processos industriais da industria farmacêutica ou têxtil.

Os participantes da visita técnica falaram sobre a experiência de conhecer a planta fabril e o processo de produção. “É muito bonito de se ver um processo onde existe tanta aplicação . O processo de maquinário é muito interessante. Tem um cuidado e higienização, achei muito legal”, contou a estudante de engenharia de produção, Carolina Müller. “A engenharia é uma área de criação, vimos um exemplo claro de uma pessoa que criou e se dedicou a um produto. A Feira do Conhecimento é ótima, abrange todas as idades. Adorei a visita técnica”, disse estudante de engenharia civil, Gustavo Tavares.

Mercado em ascensão

Apesar da queda do consumo de cerveja no país nos últimos 3 anos, o número de fabricantes, marcas e rótulos da bebida se multiplicou, o setor voltou a criar vagas e a quantidade de trabalhadores retomou o patamar pré-recessão.

O número de cervejarias registradas no Brasil cresceu 91% nos últimos 3 anos, saltando de 356 estabelecimentos em 2014 para 679 em 2017. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), somente no ano passado, o país ganhou 186 novas fábricas. O setor voltou a criar vagas e a quantidade de trabalhadores retomou o patamar pré-recessão. Por trás desse aquecimento da atividade, está o fenômeno mundial das cervejas artesanais, que vem conquistando cada vez mais novos empreendedores e consumidores.

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Dados da Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva) mostram que são os pequenos e médios negócios que têm garantido o crescimento do número de trabalhadores no setor. Desde 2015, as fábricas com mais de 99 funcionários cortaram 1.184 postos de trabalho, enquanto que as empresas com até 99 empregados criaram 1.549 vagas, o que resultou em um acréscimo de 365 trabalhadores formais no setor.

Flávio Borgneth
Comunicação Crea-ES

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