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Crea-ES alerta: Espírito Santo deve ter restrição energética a curto prazo

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 14:46, com última atualização em 04 de fevereiro de 2015 às 11:24

O risco de haver racionamento no país é de 50%, estima especialista

Mal começou o ano e o orçamento já está apertando para as indústrias e consumidores em geral. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) alerta que o Estado precisa se preocupar, pois há riscos de faltar energia. Todos deverão ficar atentos, pois a falta de chuva impactou na geração de energia, forçando o governo a aplicar a bandeira tarifária e, consequentemente, aumentando os custos.

Em 2014 o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico já havia informado que algumas hidrelétricas brasileiras operavam com menos da metade da capacidade, em virtude da seca. No Espírito Santo as hidrelétricas de Santa Maria e Suíça estão em nível baixo, reduzindo a capacidade de operação.

Segundo o conselheiro do Crea-ES e Engenheiro Eletricista, Olavo Botelho Almeida, o Estado pode sim sofrer falta de energia se as coisas continuarem como estão. “O Governo não está parado, mas não está reagindo com a velocidade de nossa necessidade. Investimentos em energia eólica e solar já deveriam estar sendo feitos”, comenta.

Olavo também afirma que uma vertente que deveria ser levada em consideração a vida inteira pelas pessoas é a economia dos recursos. “Nosso povo não foi educado com a questão de economia. Por isso, o impacto é ainda maior. Deveríamos há muito tempo estar racionalizando e racionando os recursos”, completa.

Uma saída a longo prazo seria investir em fontes renováveis, como afirma Fernando Hrasko, engenheiro Civil que atuou como gerente de manutenção e operação de usinas hidrelétricas. “Já estamos operando no limite. As hidrelétricas têm custo baixíssimo, porém, estamos em um período bem complicado, marcado pela falta de chuva. E isto fez com que as termelétricas trabalhassem mais. Por gerar mais gastos, reflete em aumentos nas contas de luz”, declarou.

Um relatório divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que o governo deveria decretar de imediato um racionamento para cortar 5% do consumo no país, em razão do baixo nível dos reservatórios.


Lorena Zanon
Iá Comunicação


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